Começo hoje uma nova categoria neste blog, e provavelmente a primeira mudança editorial desde que o tornei publico lá por volta das primeiras versões do WSE (Web Services Enhancements). Nessa altura procurava documentar algo que sentia que estava a mudar na forma como as aplicações seriam construídas. Começava a fazer todo o sentido desacoplar clientes e servidores, tornar independentes dos protocolos de comunicação aspectos ortogonais ao conteúdo (payload) como:
- a serialização (xml?),
- a segurança (WS-Security?),
- o transporte (HTTP, SMTP?),
- a latência (Queued, Pub/Sub, Event-driven?), ...
Assim, seria necessário repensar a forma de implementar aplicações de uma forma muito mais Message Based e Autonoma e começamos a falar em SOA e os Princípios, etc...
É interessante constatar que na altura o grande fantasma ainda era a interoperabilidade e então vendia-se estas idéias prometendo um futuro sem dependências, onde todos os application servers seriam fáceis de ligar entre si. Francamente não era isto que me entusiasmava mais, mas sim a idéia de compor aplicações usando outros serviços na rede interna e externa. O problema era encontrar os bons exemplos que justificassem esse valor acrescentado – e tantas vezes acabamos a procurar endpoints no UDDI e noutros sites.
Entretanto aconteceram iniciativas como o Hailstorm e todo o mercado reagiu muito mal, vivia-se um medo que a privacidade fosse devassada e surge um novo fantasma – aparentemente só sobre a Microsoft porque outros parecem não ter esse problema.
É nesta janela de oportunidade que o mercado vê nascer um novo hype brutal à volta do velho browser. Arranja-se um hack com scripting (AJAX) e começam a surgir um montão de soluções hosted online. Já não interessa se os protocolos são seguros, se o source é aberto ou fechado, se não passa de beta, se os dados estão ou não a ser minados, se as empresas de publicidade estão em euforia total – não se passa nada pois está em curso a revolução Web 2.0! parece tudo gratuito e portanto só pode ser good enougth.
Chega de história, voltemos à nova categoria, pois eu prometo focar-me mais naqueles que podem ser os desafios para os que estão a olhar para isto, não como consumidores, mas como empreendedores e criadores de novas soluções:
- Software+Serviços: Potenciar os serviços online com um excelente suporte local- a User eXperience (UX) via software local, mobile, tablet, voice & hand recognition, Sensors/GPS/RFID, Occasionally Connected (Offline), Social Networking
- Long Tail: Massificação, Automation/Provisioning, Data Mining, Hosting Providers
- Architecture/Development: DSLs, Meta-Languages, Multi-Tenant DBs, Partitioning, SaaS Providers/Platforms
Talvez não seja muito diferente dos iniciais Web Services e Arquitecturas, apenas estou a subir de viewpoint tecnologico para um muito mais de estratégia e negócio.
E para começar estou aqui a usar o Windows Live Writer (Beta) no Alfa a caminho do Porto, já dormi um pouco enquanto ouvia uns podcasts com um Creative Nano - como seria esta experiência se tivesse de estar online para ouvir musica e para escrever, corrigir e linkar um post? Certamente os operadores telecomunicações têm uma visão diferente 